Diabetes é uma doença endócrina que se caracteriza pelas
altas taxas de glicose no sangue e pode acontecer basicamente por 2 motivos: pela falta absoluta de insulina ou da capacidade (diminuída) da insulina em exercer seus efeitos
nos tecidos alvos.
O pâncreas é uma glândula mista responsável por essa
produção de insulina, assim como também de outros hormônios, como o glucagon e
somatostatina.
Quando algumas células do pâncreas não produzem
absolutamente nada de insulina caracterizamos como Diabetes tipo 1, podendo
ocorrer por uma predisposição genética ou por um fator auto imune onde as
células do sistema imunológico, mais especificamente as células que produzem
insulina. Nessa situação temos
taxas elevadíssimas de glicose no sangue, emagrecimento rápido e com isso há uma grande
liberação de ácidos graxos na corrente sanguínea, ocasionando a cetoacidose
diabética. Essa situação torna-se normalizada com as devidas medicações, é extremamente
necessário a aplicação de insulina, assim como cuidado com a alimentação.
No Diabetes tipo 2 o pâncreas produz insulina normalmente, porém há uma situação chamada de resistência a insulina, juntamente com uma certa
incapacidade das células do pâncreas em manter uma adequada secreção de
insulina. A Resistência a insulina é a dificuldade que a insulina tem de levar
a glicose para dentro da célula. Dessa forma, com a intenção de normalizar a
glicose no sangue o pâncreas produz mais insulina. É como se a porta da célula
estivesse quebrada e não há ninguém para consertar, e o pâncreas ficasse
enviando muitas chaves (insulina) para tentar abrir, mas essas chaves não
funcionam.
Com o passar do tempo, o pâncreas vai ficando cada vez mais cansado em produzir tanta insulina, sendo que ela não conseguem nem trabalhar direito, e isso vai
levando o pâncreas a uma exaustão. Entenda que essa situação passa por um longo tempo, 10-20-30 anos de alta produção de insulina. Além disso, uma outra consequência de ter a
insulina alta a todo momento, é a progressão da resistência a insulina para
pessoas geneticamente predispostas. Algumas células que captam e armazenam a
glicose, como as células do músculo, possuem um sistema limitado de acumulo de
glicose, quando atinge esse limite elas se tornam resistentes a glicose, nenhuma glicose entra mais, e ela fica na corrente sanguínea. É como se fosse um ônibus lotado de passageiros, não cabe mais ninguém, então o motorista não deixa mais ninguém entrar. Já as outras células, como as de gordura (adipócitos) continuam a captar glicose, sendo assim a insulina direciona esse excesso de glicose para ser armazenado dentro dessas
células mas na forma de gordura. Essa então seria uma solução para o excesso de glicose no sangue?
Infelizmente não. Essa situação faz com que essas células de gordura
aumentem de tamanho e com o passar do tempo elas também começam a ficar
resistentes a ação da insulina. O organismo vai ganhando mais peso, e esse
excesso de peso vai atrapalhando cada vez mais a ação eficiente da insulina.
Pois com isso há maiores quantidades de ácidos graxos (moléculas de gordura) na
corrente sanguínea e isso torna-se um potente inibidor da ação da insulina.
Outra situação importante de ser citada é um processo inflamatório que se
instala dentro do organismo, as células de gordura são altamente
inflamatórias e liberam para a corrente sanguínea citocinas inflamatórias que
reduzem a sensibilidade tissular da insulina ou reduzem a captação da glicose
pela insulina.
Portanto, o primeiro e mais importante passo para tentar “consertar”
essa situação toda é principalmente mudar alguns hábitos alimentares. Seu corpo
pede ajuda, na verdade ele grita desesperadamente para que você o ajude.
Diminuir a quantidade total de carboidratos refinados e também de produtos açucarados
da alimentação é o que vai trazer resultados mais efetivos e satisfatórios,
equilibrando assim sua glicemia.
Não adianta tomar somente a medicação que o médico te
passar e você continuar com os mesmos hábitos alimentares, a medicação não fará
milagre, e com o tempo você só irá tomar mais e mais remédios. Você precisa
assumir a responsabilidade da sua saúde, o Diabetes tipo 2 só será controlado
se você assumir que deve mudar e assim fizer. Da mesma forma Diabetes tipo 1,
não faça o uso de insulina como uma muleta, usando de forma ilimitada, 40-50UI
de insulina, há consequências também para grandes quantidades de insulina
exógena.
Para Diabéticos tipo 2 que não conseguem mudar a alimentação
sozinho ou não sabem por onde começar, saiba como ter minha ajuda clicando
nesse link ⬇:
Programa Descomplicando Diabetes
Com carinho,
Marina